Biografia

Como escrever minha Biografia? O jeito mais simples e correto seria descrever em tópicos a sequência da minha formação desde o nascimento, atrelado aos meus feitos profissionais. Sequência de informações encontradas num click nas redes sociais. Só que isso não diz na plenitude quem realmente eu sou. Sim, engenheiro. Mas por que engenharia? Por que escritor? É o tipo de informação que raramente sairá numa biografia, contudo, esse e muitos outros detalhes darão um contorno mais nítido de quem sou. Mas devido à complexidade de resumir esses detalhes sem descaracterizar meu jeitão, isso ficará para outra hora. Graduei em engenharia, com pós-graduação em gerenciamento de projetos. Cursar a pós-graduação, montar minha biblioteca pessoal, ler todos os clássicos possíveis da literatura universal, o que é humanamente impossível. Saturado, comecei a escrever. Como será ler um manuscrito meu daqui uma década? Época que escrevi o primeiro livro: “Águas passadas movem moinhos”. Publicação artesanal e independente, sem orientação editorial, somente em formato digital. Livro com alguns equívocos, inerente a um neófito. Sequências das falas um pouco confusa, para um leitor desatento e com pegada forte do fantástico. Depois de ficar entupido com as leituras dos clássicos, também com obras de outros quilates, percebi a necessidade de viver, no sentido de “viver” experiências diferentes do habitual. Daí fiz uma seguinte pergunta: “o que minha comunidade ganha com um engenheiro morando aqui?” De bate e pronto: “nada.” (na ocasião morava na periferia da minha cidade natal). Naquela semana caiu nas minhas mãos um jornalzinho do bairro, convocando professores voluntários para um projeto de inclusão de jovens em universidades públicas, eu pensei: projetos... aula... eu engenheiro... matemática... física...vou encarar. Época na qual o livro “Fragmentos” saia do forno. Lecionar. Experiência muito prazerosa. Seja lecionando matemática para jovens, especialização para adultos, até mesmo violino para crianças... Contudo, continuei no ofício de engenheiro. Nesse meio tempo, nas andanças pelo nosso lindo país deparei-me com as ruínas da primeira e talvez única propriedade feudal das américas. Curioso, procurei conhecer a derrocada daquele lugar, o que o deixara em completa ruína? Garimpando os fiapos disponíveis daquela história consegui matéria prima suficiente para escrever “Aqui o Verde sempre foi Vermelho”. Romance histórico, minha primeira obra publicada por uma editora.

Esta biografia está em contínua construção, pois anda muito atrelada às surpresas da vida.